sexta-feira, 28 de maio de 2010

23 anos depois - Depoimento ex-aluno 1987.

Olá, hoje 26/mai/10 3. feira, após 23 anos de minha formatura em eng. De produção mecânica, visitei o Campus da USP, onde morei no quarto nr. 2 do antigo alojamento central (1984, 85, 86 e 87) em frente ao edifício E1

Ao conversar com um grande amigo que ainda trabalha na USP, fiquei sabendo que os moradores do alojamento faziam um protesto objetivando a continuidade

Do processo de seleção ao alojamento pelos próprios moradores e não via o órgão oficial da USP,a COSEAS.

Esta discussão é extremamente antiga, e pelo visto se repete 26 anos depois...

Por que 26 anos depois, ainda acredito que o processo seletivo feitos pelos próprios moradores é melhor do que o realizado pelo órgão da USP:

O processo é íntegro (apesar de quem não morar no alojamento acreditar que não seja, pois este preconceito sempre existiu e infelizmente existira).

Os moradores conhecem a situação sócio econômica de cada um, pois convivem diariamente com a falta de recursos e sabem nas entrevistas comparar as diversas situações. Quem necessita realmente, se percebe rapidamente, ficam alojados provisoriamente ate que se tenha o processo seletivo e nestes dias de convivência se conhece a real situação de cada um..., ou seja um Big-Brother as avessas. Eram apenas 68 vagas, mas nunca houve uma reclamação de que alguém havia sido excluído indevidamente.

O processo seletivo deve ser feito anualmente, com documentações oficiais sócio-economicas alem da entrevista com o grupo de seleção (como sempre foi feito, desde que existiu o alojamento) e para 100% dos moradores, pois a todo instante a situação sócio-economica se altera, ou seja, devem ficar sempre os mais necessitados realmente. Na pratica, o morador é avaliado a todo instante, durante todo o ano e não apenas durante a entrevista, pois em um próximo ano o seu comportamento sócio econômico, poderia diferir da documentação apresentada, ou seja, diz que é muito necessitado, mas suas vestimentas e hábitos não confirmam sua condição sócio-economica informada, podendo então ser substituído por um outro aluno mais necessitado no próximo ano.

Na minha época a situação era tão critica, que alguns colegas apenas se alimentavam com pão e marmitas cedidas pelo restaurante central (resto do restaurante de sábado). Podem não acreditar, mas a grande maioria dos moradores só se alimentavam no almoço e no jantar (devido a bolsa da COSEAS) e eu era um deles, nunca existiu café da manha, café da tarde ou café da noite..., água gelada era a que se bebia no bebedouro da Biblioteca Central (cuja entrada antiga era atrás do alojamento).

Justiça social: nada mais justo que os próprios necessitados definam quem são realmente os mais necessitados. Pessoas externas por mais boa intenção que tenham, dificilmente conseguirão ter uma precisão e senso de justiça, pois não convivem, não conhecem a realidade, não sentem na pele a dificuldade alheia, “ só sabe o que é fome, quem já passou fome “.

Aprendizado e formação universitária: um bom profissional se constitui não apenas devido a sua bagagem técnica (obtida após horas e horas de estudos e aprovação em todas as disciplinas ) mas também através do senso crítico, opinando, debatendo, negociando, defendendo idéias, reconhecendo a sociedade em sua volta e se posicionando, errando, acertando.

Como isto era obtida na USP São Carlos ? Via manifestações no seu centro Acadêmico, o CAASO (Colégio, Cursinho, Grafica, Biblioteca,Cinema, cursos, todos geridos pelos alunos), morar em uma República de 68 pessoas ( alojamento), com todos os tipos de personalidades, atividade extra-curriculares, etc, etc. Tudo isto também é formação universitária, mas não existe um “ departamento”, pois são “ disciplinas optativas da vida”, para quem quer se diferenciar dos demais.

Isto sempre foi o grande diferencial da USP São Carlos.

Alunos devem ser incentivados a participarem em atividades extra-curriculares ( e fazer seleção para vagas de moradia, nada mais é do que mais uma outra atividade).

Não deixem que a USP São Carlos se transforme apenas em mais uma outra universidade qualquer...

Aos que não participam de nada..., lembrem-se, somente boas notas nem sempre significam um bom futuro.

Acreditem, grande parte dos “ alunos mais estranhos” da minha época, foram os que mais se destacaram na vida profissional.

Lembrem-se que grandes nomes brasileiros, já se destacavam na sua época durante suas fases universitárias, justamente por participarem e defenderem novas idéias.

Gratos pela oportunidade

Roberto H. Moriya. Ex-morador do alojamento e ex-aluno eng. Produção, formatura 1987

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Comunicado Alojamento – 3o Dia de Ocupação da Coordenadoria

Desde segunda-feira os estudantes permanecem no prédio da Coordenadoria do campus reivindicando o reconhecimento do processo seletivo das bolsas moradia (alojamento) e auxílio moradia feito com participação estudantil e de acordo com o regimento aprovado e válido desde 2006. Vimos ressaltar neste comunicado as atitudes arbitrárias e autoritárias que tem pautado a postura da Coordenadoria nesse processo.

Ontem, dia 25, por volta das dezenove horas, houve novamente a interrupção do fornecimento de energia elétrica ao prédio da coordenadoria do campus. Desta vez, para que os estudantes que lá permanecem não pudessem fazer o religamento, desligou-se um setor mais abrangente, que inclui o Bosque da Química, o prédio do setor de obras, estacionamentos e vias próximas. Porém, na tentativa de tal desligamento, um “apagão” quase geral foi provocado no campus, num ato de irresponsabilidade e insensatez sem precedentes.

Isso só pode partir de quem se acham “donos” da universidade, refletindo a mesma postura que se expressa desde a condução das reuniões do Conselho Gestor até a forma como foram recebidas as reivindicações dos estudantes nesta mobilização. Corte de energia elétrica e de água; negativa em se formar uma mesa de negociação; liberação da lista do processo seletivo da COSEAS no mesmo dia em que havia sido acordada a sua divulgação após as negociações avançarem; além do fato surpreendente ocorrido no final da manhã de ontem: a vinda de um professor e um funcionário a mando da diretora da EESC, profa. Maria do Carmo Calijuri, para fotografar os estudantes presentes no prédio! Importante ressaltar que tal ordem foi dada totalmente à margem da lei e das atribuições dos dirigentes da universidade.

Além desses acontecimentos, vale ressaltar que a Coordenadoria do campus tem se utilizado de um instrumento institucional de comunicação – o “Informe Geral” – para divulgar seus pontos de vista e as medidas tomadas com um viés totalmente distorcido.

Tudo isso se configura como um verdadeiro “estado de exceção” onde alguns não medem as atitudes no sentido de submeter a universidade e os cargos públicos que ocupam a seus interesses.

E nesse momento chamamos a todos os estudantes a se informarem e refletirem sobre o que tem acontecido. A gravidade da situação pede uma postura crítica e ativa de todos os estudantes que se identificam com a defesa do caráter público da universidade.

Lembramos que até o momento o trabalho dos funcionários não foi interrompido.

Acesse o blog http://alojauspsaocarlos.blogspot.com ou passe pela Coordenadoria e converse com os estudantes que ali se manifestam. Às 13h de hoje (quarta) faremos uma reunião aberta com todos os presentes para esclarecermos e debatermos a situação. Pedimos a solidariedade e o comparecimento de todos.

terça-feira, 25 de maio de 2010

Sobre as negociações do processo seletivo 25/05

COMUNICADO DO ALOJAMENTO AO CAMPUS ACERCA DAS NEGOCIAÇÕES DO PROCESSO SELETIVO DAS BOLSAS MORADIAS E AUXÍLIO-MORADIA

Segunda-feira, 24/05, estudantes foram à Coordenadoria do Campus mobilizados pela reivindicação do reconhecimento do processo seletivo para o Alojamento e Bolsa Auxílio-Moradia, realizado de acordo com regimento aprovado em 2006 pelo então Conselho de Campus. Vimos informar a todos os estudantes acerca da situação atual. Para mais informações acerca do histórico da questão.

Conversas com o Coordenador do Campus:

Ao Coordenador do Campus, Prof. Dagoberto Dario Mori, foi apresentada a reivindicação e foram entregues diversos documentos, tais como moções de apoio de várias entidades estudantis e o abaixo-assinado que corrobora a legitimidade do dito processo seletivo, e um parecer jurídico que contra-argumenta o parecer da Consultoria Jurídica da USP (CJ). Em breve conversa com os estudantes, o Coordenador se negou a rever a decisão anterior, alegando que isso não lhe caberia, se contradizendo diversas vezes quanto à quem cabe a decisão. Ao final da conversa, se comprometeu a ler a documentação entregue e encaminha-lá à CJ, além de se propor a não divulgar a lista da seleção realizada pela COSEAS. Os estudantes comunicaram que permaneceriam na Coordenadoria aguardando um retorno.

Somente por volta das 18h, o prof. Dagoberto retornou ao local e simplesmente informou que se reunira com membros do Conselho Gestor sem que a representação discente fosse convidada, não havendo nenhuma nova proposta, além da realização de uma reunião não deliberativa na segunda-feira, dia 31, e da informação de que a lista do processo da COSEAS havia sido liberada.

Esse posicionamento do Coordenador do Campus e dos Diretores das Unidades revela uma total inexistência de disposição em resolver de fato a situação, já que nos colocamos prontamente ao diálogo e, pior, permite-nos questionar suas reais intenções, visto que, diante da total abertura ao diálogo por parte dos estudantes do alojamento, os mesmos mantêm-se irredutíveis.

Solicitamos uma reunião de negociação com a Coordenadoria, a ser realizada ainda nesta terça-feira, cobrando uma resposta a tal solicitação até o final desta manhã. O que recebemos como resposta foi um ofício apenas reafirmando o já dito anteriormente e a recusa em reunir o Conselho Gestor para negociar.

Corte da Luz e da Água:

Algum tempo após o final do expediente e a saída do Coordenador, a energia elétrica e o fornecimento de água foram cortados, configurando um ato de desrespeito e pressão desnecessário, tendo em vista que o processo de permanência dos estudantes no prédio havia sido tranquilo. Os estudantes conseguiram restabelecer o fornecimento de água e perceberam que a segurança do campus estava orientada a impedir o religamento da energia elétrica. Tal fato se mostrou um claro abuso de poder por parte do Coordenador do Campus, que também impôs um desvio de função à guarda universitaria.

Nossos posicionamentos e propostas:

Ficou claro a todos a falta de disposição ao diálogo e a uma negociação efetiva, evidenciada pelos posicionamentos e atitudes do Coordenador do Campus (como a ordem para a liberação da lista da COSEAS, mesmo tendo sugerido o contrário, e o corte da água e da luz do prédio da coordenadoria, mesmo sem qualquer incidente decorrente da decisão dos manifestantes em permanecer no prédio).

Ressaltamos, nesse sentido, o nosso intuito em se chegar a uma solução rápida e negociada, reafirmando a legitimidade do processo seletivo há muito tempo realizado com transparência e participação efetiva dos estudantes, ao contrário do que ocorreu com o processo defendido pela Coordenadoria neste ano.

Da lista liberada pela COSEAS:

Consideramos tal atitude extremamente irresponsável por parte da Coordenadoria. Após verificarmos tal lista, constatamos que a mesma apresenta diversas irregularidades:

Em relação à quantidade de inscritos, além de nem sequer preencher o número de vagas no alojamento (o que comprova mais uma vez a legitimidade do nosso processo), ainda há 14 nomes repetidos nas duas categorias (alojamento e bolsa auxílio) e nomes de alunos que não solicitaram a inscrição para tais benefícios pela COSEAS.

Quanto aos alunos selecionados para bolsa auxílio-moradia, simplesmente decidiu-se por manter os mesmos nomes do ano anterior, acrescentando somente quantidade igual ao número dos que se formaram no ano anterior. Tal procedimento não é viável, pois, em muitos casos, há uma mudança na situação sócioeconômica dos pleiteantes ou há novos pleiteantes mais carentes. Por isso é fundamental que seja feita a reavaliação anual de todos os pleiteantes, conforme sempre foi na seleção realizada com a participação dos moradores do Alojamento.

Tais constatações comprovam a total incoerência do processo seletivo realizado pela COSEAS e reafirmam a necessidade dos estudantes participarem de todas as etapas de realização do processo, garantindo a aplicação de critérios justos e aprovados em assembléia e, com isso, a permanência de alunos carentes na universidade.

Manifestamos nosso repúdio à tamanha demonstração de desrespeito para com tais estudantes, comprometidos com uma existência efetiva de Políticas de Permanência Estudantil, utilizando de forma responsável o dinheiro público.

Por tudo isso, pedimos o apoio do Campus e convidamos todos a passarem na Coordenadoria do Campus e se inteirarem sobre o que está ocorrendo.

Carta Aberta do Alojamento ao Campus - 24/05

Os moradores do Alojamento informam aos demais estudantes, funcionários e professores do Campus que, desde o impasse gerado pela Coordenadoria do Campus quanto ao processo seletivo para as bolsas moradia e auxílio-moradia, temos buscado diversas tentativas de diálogo com esta, visando resolver a situação. Sem obter sucesso, deliberamos em assembléia geral dos moradores nossa permanência na Coordenadoria do Campus até que tal impasse seja resolvido. Para que todos possam compreender melhor nossas reivindicações, segue breve histórico de todo o processo, bem como alguns dos principais pontos que constituem tal discussão:

2005/2006: Formação de uma Comissão de Revisão do Regimento para Concessão de Bolsas Moradia e Auxílio-Moradia (composta por professores, estudantes e a assistente social do campus). A proposta do Regimento é amplamente debatida durante um ano pela Comissão, pela Assembléia de moradores do Aloja e no Conselho de Campus (atual Conselho Gestor).

Junho/2006: Aprovação do Regimento da Seleção no Conselho de Campus, após análise da proposta e de diversos pareceres.

24/Fev/2010: Conselho Gestor do Campus desconsidera todo o processo anterior e alega que o Regimento não é válido, pois o mesmo não passou pela CLR em 2006.

No entanto, o próprio Estatuto da USP deixa bem claro que a CLR (Comissão de Legislação de Recursos) trata-se de uma comissão assessora que se restringe ao Conselho Universitário. Ou seja, nada tem a ver com as decisões tomadas pelo Conselho Gestor do Campus. Além disso, mesmo quando esta emite algum parecer, os Conselhos tem total autonomia para tomar suas decisões, mesmo que contrárias a tal parecer.

Tal constatação deixa claro que a argumentação apresentada não é válida e que o Conselho Gestor tenta aproveitar-se da situação para propor uma nova comissão de revisão do regimento, visando excluir a participação dos estudantes do processo.

04/Março/2010: Em Assembléia Geral de Moradores, o Aloja decide manter, fundamentados na legitimidade do Regimento, a realização do processo seletivo para as bolsas moradias e auxílio-moradia.

05/Março/2010: Reunião entre representantes do Alojamento e Coordenadoria do Campus. Esta se restringe ao caráter meramente informativo por parte da Coordenadoria quanto às decisões tomadas pelo Conselho Gestor.

23/Março/2010: O Aloja propõe e realiza reunião entre representantes do Alojamento, Coordenadoria do Campus e professores que faziam parte da comissão de seleção. Novamente não há qualquer abertura para diálogo ou negociação.

Março-Abril/2010: Descoberta a existência de documentos da COSEAS que comprovam as práticas de vigilância e invasão de privacidade dos moradores do CRUSP (Conjunto Residencial da USP de SP). Realização de debate no Campus, informativos, coleta de assinaturas e moções de apoios.

14/Maio/2010: Novamente o Aloja tenta dialogar pedindo nova reunião com a Coordenadoria do Campus. Apesar de todos os contra-argumentos colocados pelos moradores do alojamento, a Coordenadoria decide manter sua decisão e deixa claro que não aceitará qualquer outra que seja diferente.

24/Maio/2010: Os moradores do Alojamento permanecem na Coordenadoria do Campus para resolver o impasse gerado

Porque os estudantes devem continuar participando de todas as etapas do processo seletivo?

Faz 42 anos (desde que existe) que os estudantes participam de todas as etapas do processo para garantir que os critérios adotados na seleção do alojamento sejam transparentes e justos para todos. Dessa forma temos a certeza de que os critérios discutidos e aprovados em assembléia geral sejam de fato colocados em prática e não serão incluídos critérios que exigem mais dos que precisam. Ou seja, buscamos com isso garantir condições de permanência dos menos favorecidos para que estes continuem estudando e se formando de forma a diminuir as desigualdades sociais. Vale ressaltar que a aprovação dos critérios em assembléia só acontece em São Carlos , o que é resultado da participação dos moradores. Além disso, os estudantes conhecem muito mais a realidade daqueles que precisam de auxílios para se manter na universidade, sendo assim, contribuem para uma avaliação mais qualificada.

Em outros campi da USP existem vários casos comprovados de abusos e injustiças cometidas pela COSEAS no processo de seleção.

Por isso, aqui em São Carlos , os moradores fazem questão de participar de todas as etapas do processo seletivo.

A constituição de uma comissão em que os estudantes não participam de todas as etapas não contempla os pontos aqui apresentados.

A questão da legalidade e da legitimidade.

O regimento no qual o processo do Aloja se baseia foi resultado de uma ampla discussão, na qual participaram alunos, professores e a assistente social do campus. A proposta, com alterações, foi aprovada pelo Conselho de Campus (atual Conselho Gestor) em julho de 2006. Diferentemente do alega a Coordenadoria, o regimento passou pelas instâncias que deveria passar e é legal, inclusive há pareceres jurídicos que comprovam a sua legalidade.

O processo seletivo do Aloja já está finalizado e foi feito e divulgado com base no regimento aprovado em 2006, contando com 413 inscritos. O processo seletivo da COSEAS não segue nenhum regimento, os critérios não foram definidos e nem divulgados, não foram aprovados pela comunidade, ainda não está finalizado e não obteve número suficiente de inscritos. Isso demonstra claramente a legitimidade do processo realizado com a participação plena dos estudantes.

Intransigência da Coordenadoria

A decisão de excluir os estudantes do processo seletivo para bolsa moradia e auxílio-moradia tomada pelo Conselho Gestor do Campus em 24 de fevereiro foi unilateral: nem os estudantes, nem os professores que compõe a comissão de seleção, nem a assistente social do campus foram procurados para opinar à respeito.

Desde o impasse gerado, o Aloja procurou a Coordenadoria a fim de resolvê-lo marcando pelo menos três reuniões. Nessas reuniões a Coordenadoria colocou que não acataria nenhuma proposta que não a sua, se colocando numa posição meramente informativa.

Essa postura da Coordenadoria é apenas um reflexo do que pode ser observado nas demais esferas de decisão da universidade e diante de outras demandas, grupos e entidades.

O alinhamento com essa postura vem sendo mais evidente desde a mudança das Prefeituras de Campi para Coordenadorias. A partir de então as reuniões do Conselho Gestor tem se resumido a referendar decisões já tomadas por um grupo ainda mais restrito que o próprio conselho, deixando de lado todo o debate necessário em torno de cada pauta e com a comunidade uspiana. Isso tem gerado muito descontentamento. Para manter a tomada de decisão dessa forma, a USP se vale de mecanismos como a instalação de câmeras, restrição da entrada e presença de seguranças no prédio da Coordenadoria para coibir possíveis manifestações. Essas medidas foram tomadas assumidamente pelo Coordenador do Campus para evitar questionamentos em torno de suas decisões.

Urgência de resolução

Além de tudo o que já foi exposto anteriormente, a resolução da questão ganha mais urgência devido aos novos contratos das bolsas auxílio-moradia que devem ser efetuados até o final de maio para garantir o pagamento desses bolsistas a partir de junho.

Dessa forma, é fundamental que a Coordenadoria reconheça o processo seletivo em conformidade com o aprovado em 2006, visto a sua legalidade, legitimidade e ampla discussão realizada para sua aprovação.

Aloja USP São Carlos